No estudo da história dos povos, sempre se fez menção ao uso do vinagre de maçã como alimento indispensável para a saúde. Na Roma antiga, por exemplo, as famosas legiões romanas sempre tomaram o cuidado de transportar o vinagre em odres, pois sabiam da sua importância para o preparado da Posca(vinagre misturado com água e ervas aromatizantes), a qual tornava os soldados fortes, resistentes e imunes aos ataques das doenças e fadiga.
Hipócrates, o pai da medicina moderna, recomendava o realinhamento dos corpos (quiropraxia) para o perfeito funcionamentos dos órgãos e ministrava aos seus pacientes o oxymel (preparado de vinagre de maçã e mel ) para manter a plenitude física, evitar doenças e rejuvenescer o corpo. Havia citações correntes na época em Roma, que se referiam aos “homens bebedores de vinagre”, os quais eram imunes às doenças e pareciam não envelhecer.
No oriente e principalmente na China também era comum o uso do vinagre para evitar doenças e curar feridas e os samurais no Japão utilizavam o vinagre de maçã como um potente tônico para dar força e saúde.
Em Paris na Idade Média, o vinagre de Maçã era vendido como desodorante corporal, tônico de cura e uma bebida de saúde e mais recentemente na guerra civil e na primeira grande guerra o vinagre de maçã era utilizado como um potente bactericida.
Conta-se que por volta de 1721 na França, a peste negra assolou a Europa e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas. O cheiro terrível dos corpos expostos, não enterrados era ainda outra preocupação, pois não havia quem os retirasse das casas e os levasse para serem enterrados longe dali. Quatro ladrões foram condenados ao insalubre trabalho de enterrar as vítimas da peste negra, mas para a surpresa de todos, nenhum deles foi contaminado por essa doença mortal. Em troca da liberdade foi-lhes exigido que explicassem o segredo da sua imunidade. Alegaram que sabiam preparar uma mistura de alho macerado com vinagre de maçã e a usavam antes de iniciarem seus trabalhos. Enxaguavam a boca, passavam pelo corpo, além de limpar as feridas e desinfetar as mãos que tinham tocado qualquer coisa infectada, dessa maneira, segundo eles, conseguiam executar o trabalho sem se contaminarem. Um tônico com esse nome ainda é vendido na França nos dias de hoje.
O poder do vinagre de maçã com o crescimento da indústria farmacêutica e das drogas sintéticas, foi paulatinamente perdendo espaço, até que um médico norte americano (Dr. D. C. Jarvis –1881 – 1966) resgatou esse conhecimento em Vermont quando visitou seus conterrâneos. Eles estavam acostumados com seus antigos remédios e métodos caseiros e não aceitavam os tratamentos da medicina clássica.
Por isso ele teve que reaprender e estudar a medicina popular do Vermont, escrevendo posteriormente livros e artigos sobre o assunto.
Atualmente existem teses de mestrado e doutorado que testam o vinagre para vários usos medicinais. Além disso muitos livros já foram editados, sendo catalogados mais de 300 publicações sobre o tema em várias línguas, além de vários sites na internet que tratam do assunto.